segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Poesia do dia.....

 

Amor Feinho

Eu quero um amor feinho...

Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero um amor feinho.

Adélia Prado )
(Do livro Bagagem. Rio de Janeiro: Record, 2011. p. 97)

Artigo de Opinião

 Prezados alunos, caros leitores,



Segue mais um artigo de opinião, de um grupo nota 10,0 do período 2021.1. do BICT - UFMA

Parabéns a todos que se empenharam !



UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DISCIPLINA: Prática de Leitura e Escrita em Língua Portuguesa

Profa. Dra. Márcia A.G.Molina

Alunos: Emanuel Lopes Silva, Jorge Henrique Borgneth Santiago, Barbara Ellen Torres Cunha, Adilson Lucas Santos De Almeida

Data: 19.07.2021

Turma 01

Benefício Improvável

A arte e a ciência, muitas vezes, são vistas como pertencentes a universos opostos, tais visões, em diversos casos, são baseadas em um entendimento maniqueísta da realidade, em que elas não compartilham capacidades de inter-relação, separando a ciência, que é entendida como algo real, verdadeiro, racional, ao âmbito da arte, que é considerada ilógica e lúdica. Entretanto, como pode-se ver nos próximos parágrafos, utilizando-se de livros como a ‘’Psicologia de um vencido’’, ‘’SÍNTESE’’ e muitas outras obras de Augusto dos Anjos, Paulo Cezar Santos Ventura, além de outros famosos escritores, podemos quebrar esse juízo prévio, e ver como a literatura e a arte auxiliam a ciência na transmissão do conhecimento, facilitando sua didática, melhorando sua compreensão na realidade em que vivemos.

Primeiramente, como demonstrado no livro ‘’Ciência e arte: relações improváveis?’’, as ideias artísticas e científicas possuem coerência entre si, levando a interpretações semelhantes a respeito do funcionamento do universo. Desse modo, pode-se considerar que o vínculo dessas áreas é algo crível, como demonstrado por diversos autores portugueses, que possuíam conteúdos de física e outras áreas da ciência em seus poemas, que buscam atingir uma cultura que abrange as visões artístico-literárias e científicas, ao criar uma ligação entre ambos os âmbitos de conhecimento. Ademais, utilizando-se do argumento de S.Silva (2006), de que a ciência exige constantemente do cientista o recurso à imaginação, para a criação de pressupostos e teses, podemos evidenciar que, como a ciência  atua no desconhecido, o texto científico pode ser inexato, por mais rígidos que sejam os métodos de averiguação, pois a intuição é imprescindível na ciência, tanto quanto ela é na arte, demonstrando a ideia de complementaridade desses dois campos, para a implementação do saber científico. Dessa maneira, é importante notar que diversos poemas incorporam o conhecimento científico, como os citados anteriormente, que utilizam de nomenclaturas oficiais de espécies, fazendo com que a ciência seja incorporada em representações artísticas, como demonstrado na literatura da época renascentista, que fazia as descobertas científicas da época serem reverberados em textos poéticos, passados para a maior parte da população que possuía o conhecimento da leitura, distribuindo o conhecimento científico para as massas, popularizando-a de maneira a educar e a aumentar o interesse sobre o âmbito academial.

Outrossim, a poesia já influenciou positivamente a ciência, como foi o caso da Condessa de Lovelace, Ada Lovelace, que, com sua proficiência em poemas e poesias, utilizou-se de suas habilidades de escrita para formular o primeiro algoritmo a ser utilizado por uma máquina, se tornando a base de áreas como a computação e programação. Dessa maneira, tal ação revolucionária, que só foi possível pela inter-relação entre a ciência e a arte, demonstra como a união desses 2 campos podem ser benéficos para o futuro da humanidade. Além disso, outros encontros auxiliam a provar que a relação entre ciência e poesia já possui fundamento histórico, como alguns dos poemas de Dante Alighieri, cujo conteúdo apresentava a astrologia do Reino Ptolemaico, em italiano, auxiliando a difusão do conhecimento astronômico antigo para certas regiões da Europa, além do método científico arcaico utilizado por Francisco Redi, cientista italiano que escrevia suas teorias e experimentos empíricos sobre eventos naturais em alguns de seus poemas narrativos, que acabam por explicar suas descobertas, como a quebra da teoria da abiogênese, para a população italiana e europeia na época. De tal modo, podemos observar que a interligação entre a ciência e a arte é positiva a população.

Sendo assim, compreendemos que a parceria entre a arte e a ciência é algo possível, e benéfico, para a sociedade em geral. Nesse sentido, um texto que consiga abordar esses dois aspectos do conhecimento consegue criar um produto com riqueza cognoscitiva, que auxilia em uma educação muito mais profunda e didática do que apenas a ciência em sua base, facilitando a disseminação de conhecimento fora do âmbito acadêmico. Por conseguinte, combatendo a desinformação, que pode ser prejudicial em diversos níveis para a sociedade, como gerar mortes que poderiam ser facilmente prevenidas. Por isso, defendo o ponto que há a possibilidade de ciência e arte coexistirem, além de serem benéficas uma para a outra.

BRANDINO, L. Augusto dos Anjos, Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/augusto-dos-anjos-1.htm. Acesso em 19 jul. 2021

BRONOWSKI, J. Ciência e valores humanos. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1979.

BRONOWSKI, J. O olho visionário: ensaios sobre arte, literatura e ciência. Brasília: UNB, 1998

BRONOWSKI, J. Um sentido de futuro. Brasília: UNB, 1977.

CEZAR,P. Ciência e poesia: uma conexão possível, 2021, Pensar a Educação em Pauta. Disponível em: http://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/ciencia-e-poesia-uma-conexao-possivel/

FERREIRA, F. R. Ciência e arte: investigações sobre identidades, diferenças e diálogos. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 36, n. 1, p. 261-280, 2010. Disponível em: » https://doi.org/10.1590/S1517-97022010000100005

GOUVEIA, R. S. Educação em Ciências, Cultura e Cidadania: A poesia na sala de aula. Gazeta de Física, v. 27, n. 4, p. 40-43, 2004

LIMA, GUILHERME DA SILVA, RAMOS, JOÃO EDUARDO FERNANDES e PIASSI, LUÍS PAULO DE CARVALHO. Ciência, poesia, filosofia: diálogos críticos da teoria à sala de aula. Educação em Revista [online]. 2020, v. 36. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-4698215986

MOREIRA, I. C.; MASSARANI, L. (En)canto científico: temas de ciência em letras da música popular brasileira. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, v. 13(suplemento), p. 291-307, 2006 Disponível em: » https://doi.org/10.1590/S0104-59702006000500018

MOREIRA, I. C. Poesia na aula de ciências? A literatura poética e possíveis usos didáticos. Física na Escola. v. 3, n. 1, p. 17-23, 2002.

REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M. Ciência e arte: relações improváveis? História, Ciências, Saúde - Manguinhos, v. 13(suplemento), p. 71-87, 2006. Disponível em: » https://doi.org/10.1590/S0104-59702006000500005

SILVA, S. S. Narrativa literária e ciência. Ciência & Ensino, v. l, n. 1, p. 3-8, 2006.

ZANETIC, J. Física e cultura. Ciência e Cultura, v. 57, n. 3, p. 21-24, 2005. Disponível em: » http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252005000300014

ZANETIC, J. Física e literatura: construindo uma ponte entre as duas culturas. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, v. 13(suplemento), p. 55-70, 2006. Disponível em: » http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702006000500004

ZANETIC, J. Física também é cultura. Tese (Doutorado). Faculdade de Educação da USP. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1990.

 



quarta-feira, 28 de julho de 2021

Lembrete de gramática

 


Prezados leitores, queridos alunos,



Lembrando que o verbo IMPLICAR é transitivo direto...... isso quer dizer que......


                Tal falto IMPLICA tal coisa.......


Sem preposição, ok ?



Um abraço carinhoso a todos !

Artigos de opinião excelentes !!! Turma 02 - 2021.1

 

                                  UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

                                                BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

 

DISCIPLINA: Prática de Leitura e Escrita em Língua Portuguesa

Profa. Dra. Márcia A.G.Molina

Aluno (a) Maria Helena de Sousa Costa

FOLHA DE RESPOSTA – ATIVIDADE 02

 

A beleza preterida da arte-ciência.

A ideia de que ciência e arte são distintas e dissociadas vem da percepção de que ciência é logica pura enquanto arte é simplesmente imaginação, mas essa linha de pensamento não poderia ser mais equivocada, ora não foi Camões que fez uso interligado entre a astronomia e poesia para descrever a constelação Cruzeiro do Sul em Os Lusíadas, ou ainda a cientista Ada Lovelance criadora do primeiro algoritmo da história, uma matemática e escritora brilhante afirmando que só foi possível por conta da poesia. E, deixo bem claro que eles não foram os únicos, por tanto como se pode contrariar a inegável conexão entre arte e ciência?

Os nomes de artistas, cientistas e pesquisadores que usaram da complementação arte-ciência são inúmeros, mas para exemplificar vamos recordar o ilustre Augusto dos Anjos, primeiro poeta brasileiro a utilizar a combinação de ciência e poesia, Eu, seu único livro, é uma obra que nos transmite angustia, pavor e uma profunda tristeza, ao abordar de forma crua e direta, através do uso de termos técnicos científicos, o destino final do ser humano que é, nada mais que a decomposição do corpo. Infelizmente para Augusto seu trabalho não foi reconhecido na época, justamente pela ideia de que ciência e literatura não se misturam, por pessoas que eram teimosas demais para se quer fazer um mínimo esforço para pensar fora da caixa, no entanto, se pouco depois de um século ele continua sendo um dos poetas nacionais mais lidos, isso não significaria que, ele acertou em usar essa relação?

Aprender as diversas formulas da matemática, física e afins pode ser um desafio desanimador para os estudantes, por isso cada vez mais professores fazem uso da arte, seja através de música, literatura, ou mesmo animações para estimular o aluno, quem não conhece um professor de matemática que usou da famoso ‘’Jingle Bells da Trigonometria’’? Essa didática que a arte proporciona ao aprendizado da ciência é, cada vez mais notada e se tornou um alvo de pesquisa e debate, a percepção dessas ideias é defendida por diversos pesquisadores, entre eles podemos citar, Francisco Ferreira (2010), que fala sobre como o uso de diferentes linguagens artísticas sensibilizam professores e alunos para um ensino de ciências mais criativos, melhorando a assimilação do papel da ciência e da arte, proporcionando o desenvolvimento em um ensino composto por metodologias que estimulem a imaginação, a criatividade, a sensibilidade e a intuição.

Então meus caros leitores, dado que a relação ciência arte existe há tempos, e basta uma pequena pesquisa para perceber que ambas em diversos momentos, ajudaram a aprimorar e expandir seus campos de visão, é realmente possível negar que elas não são totalmente independentes, mas que na verdade estão interligadas de forma se complementar? Pois pense bem, se realmente fosse assim, não teríamos a obra Eu, como uma das mais relevantes poesias brasileiras, ou ainda a crescente pesquisa para mostrar quais benefícios a união da ciência e da arte proporciona?

Maria Helena de Sousa Costa.

 

Referências

BRANDINO, L. Augusto dos Anjos. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/augusto-dos-anjos-1.htm. Acesso em: 23 jul. 2021.

FERREIRA, F. R. Ciência e arte: investigações sobre identidades, diferenças e diálogos. Educação e Pesquisa. Scielo, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-97022010000100005. Acesso em: 23 jul. 2021.

LIMA, G. S.; RAMOS, J. E. F.; PIASSI, L. P. C. Ciência, poesia, filosofia: diálogos críticos da teoria à sala de aula. Scielo, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-4698215986.Acesso em: 23 jul. 2021.

VENTURA, P. C. S. Ciência e poesia: uma conexão possível. Pensar a Educação em pauta, 2021. Disponível em: http://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/ciencia-e-poesia-uma-conexao-possivel/. Acesso em: 23 jul. 2021.

 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Poesia do dia....

 Prezados alunos,


Antes de tudo, quero me desculpar pela ausência..... esta pandemia tirou-me um pouquinho do ar....

Felizmente, estou retornando, com saudades de compartilhar com todos um pouco de poesia, de gramática, de noções de texto......

Tenho também aproveitado para divulgar os melhores trabalhos dos meus alunos...... o que é bom deve ser visto !!!!


Então.... vamos para a poesia...... e vamos de Manoel de Barros.... para matar a saudade....


Prefiro as palavras obscuras que moram nos
fundos de uma cozinha — tipo borra, latas, cisco
Do que as palavras que moram nos sodalícios —
tipo excelência, conspícuo, majestade.
Também os meus alter egos são todos borra,
ciscos, pobres-diabos
Que poderiam morar nos fundos de uma cozinha
— tipo Bola Sete, Mário Pega Sapo, Maria Pelego
Preto etc.
Todos bêbedos ou bocós.
E todos condizentes com andrajos.
Um dia alguém me sugeriu que adotasse um
alter ego respeitável — tipo um príncipe, um
almirante, um senador.
Eu perguntei:
Mas quem ficará com os meus abismos se os
pobres-diabos não ficarem?



sexta-feira, 31 de maio de 2019

Melhor Artigo de Opinião produzido pelos alunos em 2019.1



Prezados leitores, caros alunos,

Tenho estado um pouco afastada do blog somente por excesso de trabalhos acadêmicos, mas hoje não poderia deixar de publicar o melhor artigo de opinião produzido pelos alunos do BICT em 2019.1

Compartilho-o, então, com vocês !



Título do texto: O engenheiro é uma ferramenta ou um personagem do progresso?

ANTONIO FIALHO DA SILVA NETO e KEYTH LUCY GRAÇA DE SOUZA



          É fato que o engenheiro é uma engrenagem fundamental para a maquinaria do progresso. Isso se torna evidente na história quando países utilizaram o trabalho do engenheiro para alavancar o desenvolvimento, sendo visto apenas como uma ferramenta para alcançar o progresso ou quando encontramos personalidades do passado da engenharia que se tornaram grandes personagens do progresso atual.
            Entre os anos de 1933 e 1937 no período de grande depressão econômica nos Estados Unidos, o governo norte-americano utilizou como arma a construção para promover a recuperação do desenvolvimento da economia. Tal feito levou o engenheiro a ocupar uma posição privilegiada na estrutura organizacional do sistema, tendendo a ser associados muitas vezes pela sociedade como uma ferramenta.
            Entretanto, personalidades como Leonardo da Vinci e Nikola Tesla são conhecidos pelas suas genialidades, seus trabalhos trouxeram grandes contribuições para os avanços tecnológicos atuais. D´Vinci mesmo com todas as dificuldades do século XV, idealizou projetos inovadores que inspiraram avanços da atualidade, como por exemplo, seus projetos de voo. As invenções do engenheiro Nikola Tesla trouxeram várias contribuições para o mundo moderno, no campo do eletromagnetismo e da eletricidade, o tornando uma figura tão icônica que ficou conhecido como o homem que espalhou luz pela face da terra.
              Portanto é indispensável que o objetivo do engenheiro esteja atrelado ao progresso, sendo capaz de perceber as necessidades da sociedade como um todo levando em consideração tanto a geração presente, quanto as futuras gerações. Dessa forma, refletir sobre a identidade do engenheiro talvez deva ser o primeiro passo para aqueles que desejam contribuir de forma significativa para a continuidade do progresso. Em adição, a necessidade de manter o equilíbrio entre a produtividade de bens socialmente úteis e o entendimento da finalidade da ideologia do progresso é a base essencial, para não cair no que chamamos de “armadilha do progresso”.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Redação: A força da argumentação



Queridos alunos, prezados leitores,



 Tenho visto a dificuldade de meus alunos na instância da argumentação. Digo isso, tanto em relação ao texto escrito quanto oral.

Antes de tudo, prezados leitores, é preciso LEITURA. Argumenta bem, quem conhece o assunto. Lê, pesquisa, aproxima-se daquele conteúdo.

Portanto, a palavra-chave é muito simples: CONHECIMENTO.

Quanto ao "como"... é fácil.....

No texto oral, tudo se resolve no "face a face". Se você tem uma opinião acerca de um assunto em discussão, posicione-se ! Faça com que ouçam tua voz, contudo, tenha certeza do que fala. É muito triste e "vazio" escutar alguém sem razão.... aquele famoso: "fala abobrinha"..... Nesse caso, "calar é ouro" !!!!

No texto escrito.. há a fórmula......

Introdução = Tese + Argumento + Argumento...........
Desenvolvimento: Desenvolvimento do Arg 1
                              Desenvolvimento do Arg 2

Nesse caso.....no caso de desenvolver os Argumentos: traga vozes de autoridade, traga dados, traga citações.......

Tudo referenciado, tudo organizado, tudo bem escrito.....

Vejam um modelo de Artigo de Opinião, realizado pelos alunos:

                        UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DISCIPLINA: Prática de Leitura e Escrita - 2018.1
Profa.: Márcia A. G. Molina               
Alunos:  Glênio Silva Costa e Maria Fernanda Góis Nascimento

Artigo de Opinião
Tema: Energia renovável: uma alternativa para indústria automobilística

É perceptível em todo o mundo a diminuição de combustíveis fósseis, como o petróleo, matéria-prima para obtenção de energia na maioria dos veículos automotores atualmente. Com essa questão, as indústrias concentram-se, então, em desenvolver novas alternativas de combustíveis e veículos que utilizem fontes limpas e renováveis de energia.
Os meios de transporte precisam de energia, que em grande parte é extraída de combustíveis fósseis. Com a alta demanda de veículos, tendo como exemplo o Brasil que segundo dados do portal G1 possui um automóvel para cada quatro habitantes, tais materiais tendem a ficar escassos, como o petróleo, na natureza uma vez que exigem tempo (milhões de anos) para serem repostos no meio natural.
Uma alternativa para suprir a tendência a escassez dessa matéria-prima é o uso de biocombustíveis, como o etanol. O álcool etílico () cuja fabricação constitui-se a partir da fermentação de açúcares ou de substâncias orgânicas é utilizado em larga escala no Brasil (pioneiro) desde 1979 devido ao Programa Nacional do Álcool e o início da produção de veículos movidos a etanol. Os biocombustíveis ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro e têm participação expressiva no consumo de energia veicular no país.
                                 

 Gráfico 1: Biocombustíveis| Perspectivas 


Hodiernamente, vem ocorrendo uma verdadeira revolução tecnológica na indústria automobilística e a cada dia os veículos progridem com avanços tecnológicos que visam favorecer o meio ambiente, a segurança e a mobilidade urbana, tornando-se cada vez mais sustentáveis e buscando alternativas de energia veicular, em sua maioria, oriunda de fontes limpas e renováveis.
                       


                         Figura 1: Evolução dinâmica dos veículos
REFERÊNCIAS:
























Poesia do dia

Queridos alunos, prezados leitores,



Andei ausente por uns tempos.... mas retorno..... eis-me aqui !!!!
E retorno com Leminski.....


Esta língua não é minha,
qualquer um percebe.
Quem sabe maldigo mentiras,
vai ver que só minto verdades.
Assim me falo, eu, mínima,
quem sabe, eu sinto, mal sabe.
Esta não é minha língua.
A língua que eu falo trava
uma canção longínqua,
a voz, além, nem palavra.
O dialeto que se usa
à margem esquerda da frase,
eis a fala que me lusa,
eu, meio, eu dentro, eu, quase.


Muito lindo o texto !
Abraço carinhoso a todos !

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Poesia do dia: Drummond


Caros alunos,  demais leitores....


Para encher o coração.....

QUERO


Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
Carlos Drummond de Andrade , "Obra poética", Volumes 4-6. Lisboa: Publicações Europa-América, 1989.

Dica de gramática



Caros alunos, demais leitores,


Continuando a dica anterior..... vejam:



TRAZ = Verbo trazer = com "Z"
Ex. Ele traz sempre todo o material para a aula.

Presente do indicativo:
Eu trago
Tu trazes
Ele traz
Nós trazemos
Vós trazeis
Eles trazem


Prestem sempre ao RADICAL (aquela parte invariável da palavra): se ele está gravado com "Z" as derivadas dessa palavra também serão grafadas com "Z".


TRÁS - Advérbio = Com "s".
Ex. O banco de trás é amplo.



ANALISAR = COM "S"
Todas as derivadas desse verbo serão grafadas com "S"
Exemplo: Análise