Trecho de "TRISTE
PARTIDA" – PATATIVA DO ASSARÉ
Trabaia
dois ano, três ano e mais ano,
E sempre
no prano
De um dia
inda vim.
Mas nunca
ele pode, só veve devendo,
E assim
vai sofrendo
Tormento
sem fim.
Se arguma
notícia das banda do Norte
Tem ele
por sorte
O gosto
de uvi,
Lhe bate
no peito sodade de móio,
E as água
dos óio
Começa a
caí.
Do mundo
afastado, sofrendo desprezo,
Ali veve
preso,
Devendo
ao patrão.
O tempo
rolando, vai dia vem dia,
E aquela
famia
Não vorta
mais não!
Distante
da terra tão seca mas boa,
Exposto à
garoa,
À lama e
ao paú,
Faz pena
o nortista, tão forte, tão bravo,
Vivê como
escravo
Nas terra do su.
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